SPFW Verão 2011/2012: Quarto dia!

          

Paula Raia

          Uma coleção "casual chique", de formas amplas e fluidas, caminhando livremente - e de uma forma muito harmônica - dos tons neutros e crus, até os quentes e vibrantes. Um verdadeiro deleite aos olhos!

          A marca mostrou com sucesso a sua versão de tendências que já vinham sendo apontadas, como as pantalonas, os macacões, saias longas, os recortes - que neste caso aparecem principalmente na forma de tiras em couro - e calças mais curtas com comprimento na altura do tornozelo. Vemos também vestidos curtos em estilo "bata", camisas, jaquetas, transparências sutis, decotes, babados, cintura mais alta e marcada, maxi pashiminas e lenços que contrastavam com a rigidez do couro. Na cartela de cores, o off-white, crus, azul, rosa, laranja e vinho.

Maria Bonita

          O artesanato típico de Portugal, seus azulejos, tapeçaria e bordados, foram de forma nada óbvia e cansativa, a inspiração da marca. A coleção é geométrica e minimalista,  além de rica em detalhes, como as faixas douradas em tricô, os pespontos, as aplicações plásticas sobre os tecidos, os bordados em tela, os recortes a laser, os fios de ouro que fazem as vezes de alças.

          A silhueta vêm ampla, conforme já de costume, e indiscutivelmente os macacões são o ponto alto da coleção, trabalhados em variados comprimentos, decotes, detalhes e shapes. Além deles, marcam presença também as calças mais curtas, os paletós - que por vezes vêm sozinhos - e os vestidos longos. Ainda observamos as bonitas lapelas que enfeitavam algumas peças, as transparências, o gancho baixo, a cintura que hora aparece alta, em outras mais baixa, algumas fendas, sobreposições e bordados em paetês. Na cartela de cores, o predomínio de off-white, seguido pelos crus e pontuados por azul, mostarda e bordô. Dentre os materiais, linho, tricô com seda e linho com malha.

Priscilla Darolt

          Os anos 20 e a dançarina Josephine Baker serviram de inspiração para Priscilla Darolt, que trouxe as referências de uma forma sutil à passarela, onde as várias técnicas artesanais utilizadas na confecção das peças, resultaram em uma riqueza de detalhes e texturas, admirável e criativa.

          A silhueta proposta vêm mais próxima ao corpo, nos vestidos tubulares, saias longas e midi, macacões, saias de cintura alta e tops cropped - com exceção das calças que tem shape levemente mais amplo. Entre os detalhes marcantes, os franjados de luréx, as "telas" que se assemelham ao tressê das cadeiras na década de 20, as transparências óbvias, o macramê, e entre os materiais, também a seda rústica tingida com carvão, o tear de miçangas e a renda de algodão. A cartela de cores não foi extensa, se resumindo ao preto, tons de cinza e amarelo.

         E aí, já checaram o número de peças em branco disponíveis no armário??? E crus??? E as de cor laranja??? Já acostumaram com a ideia de usar calças super amplas, sais longas e macacões??? Sobre as transparências, tudo tranquilo?! E mais, será que nos "armarinhos da vida" restará "seda sobre seda"??? Entenderam o trocadilho?! Ah, deixa pra lá hehe... 

         E, só para lembrar: Estou deixando Moda Praia de lado de propósito, Ok?! Vamos por partes, pois faz frio no Sul e "Tico e Teco" ainda não compraram seus coletes em pele fake!

Obrigada pela companhia!!!

Beijinhuuuussss...

Imagens: FFW.COM.BR (Créditos: © Agência Fotosite / Zé Takahashi)